A Importância da Liderança Feminina no Mercado de Trabalho
De acordo com a pesquisa de 2020 do International Business Report da Grant Thornton (Women in business), as mulheres no Brasil ocupam 34% dos cargos de liderança sênior. Esse dado demonstra um avanço em relação aos anos anteriores, porém ainda temos um longo caminho em busca da igualdade. Este artigo, vai abordar a importância, implementação e exemplos de liderança feminina no mercado de trabalho atual.
“Liderança é o processo de influenciar as atividades de um grupo organizado em direção à realização de um objetivo”
(Rauch e Behling, 1998)
“Liderança é o processo de dar propósito (direção significativa) ao esforço coletivo e provocar o desejo de despender este esforço para se atingir o objetivo”
(Jacobs e Jaques, 1998)
Os trechos acima foram selecionados para exemplificar o que é liderança, e podem se resumir no ato de ser influência, exemplo e pensar estrategicamente ao direcionar indivíduos e grupos a um objetivo em comum.
Em fevereiro de 2016, a Peterson Institute for International Economics em parceria com a Ernst Young, realizou um estudo com 21.980 empresas em 91 países e concluiu que : “Os resultados sugerem que a presença de mulheres em cargos de liderança corporativa pode melhorar o desempenho da empresa.” A pesquisa afirma que um aumento de zero para 30% de mulheres em posições de alto escalão se associa a um aumento de 15% na lucratividade. O estudo também cita uma pesquisa realizada pela McKinsey em 2015, que estima que se as mulheres conseguissem paridade trabalhista com relação aos homens, a economia cresceria 25%.
A equidade de gênero promove mudanças significativas em uma empresa. Como também, a distribuição de profissionais com diversidade de raça, idade, classe social e experiências de vida. No caso das mulheres, podemos elencar:
Essas são apenas algumas das inúmeras virtudes que a liderança feminina oferece às organizações.
Infelizmente, muitas instituições ainda apresentam um salário menor para mulheres do que para homens que exercem as mesmas funções. Esse fator, demonstra o quanto devemos evoluir para oferecer o básico para o público feminino, ou seja: respeito, igualdade salarial e acesso a direitos como licença a maternidade, concedidos também aos homens.
A abordagem de obtenção, desenvolvimento e retenção de talentos, que é vista na gestão de pessoas de uma empresa precisa ser executada visando o público feminino. É necessário a criação de uma ou mais estratégias que tenham por objetivo, a inserção das mesmas em posições de liderança. Podendo ser realizado através de cotas, metas de porcentagem de inscritas ou finalistas em processos internos/externos da empresa e entre outros.
Parte do processo de liderança feminina é difícil, pois muitas mulheres não se enxergam nessa posição. Na maioria das vezes, por falta de representatividade e pela convivência em uma estrutura social que não direciona mulheres para posições de poder. Por isso, é essencial mostrar para o público feminino que elas podem e devem ocupar esses espaços. Podendo ser realizado através de palestras, workshops e da criação de células dentro da instituição que tenham foco na capacitação de mulheres para a liderança.
Rachel Maia é uma voz ativa em relação a equidade de gênero e raça nas posições executivas. A empresária é a caçula de sete irmãos e, atualmente, atua como CEO da Lacoste Brasil. E anteriormente, em grandes corporações como: Tiffany & Co. (CFO) e PANDORA (CEO). Rachel já foi eleita em 2017 pela revista Forbes, uma das mulheres mais poderosas do Brasil; e utilizando desse poder fundou o projeto Capacita-me, que tem por objetivo atender indivíduos em situação de vulnerabilidade, formando profissionais para o mercado de trabalho com foco no varejo.
Camila é advogada com pós-graduação em Marketing e obtém especializações em Empreendedorismo e Inovação por Stanford e MIT (Massachusetts Institute of Technology). Atuando nas áreas de investimentos, tecnologia e inovação, a empresária cofundou em 2014, o grupo Mulheres Investidoras Anjo e exerce o papel de investidora tubarão no programa Shark Tank, no canal Sony. Além disso, é sócia-fundadora e Presidente da G2Capital, obtendo resultados de excelência em seus inúmeros projetos.
Com 50 anos, formação na Harvard Business School e atuando a oito anos como Chefe Operacional do Facebook, sendo a primeira mulher a ocupar esse cargo na empresa, Sheryl acumula hoje 1,7 bilhão USD de patrimônio líquido. A empresária é uma grande voz no que tange a liderança feminina. Já foi nomeada como uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time e é autora do livro: Lean In: Women, Work, and the Will to Lead, que se transformou em uma organização sem fins lucrativos (LeanIn.org) dedicada a “oferecer às mulheres a inspiração contínua e o apoio para ajudá-las a atingir seus objetivos”.
Bozama, aos 43 anos, foi eleita diretora de marketing da Netflix. Com 20 anos de experiência em marketing, passando por grandes empresas como: Disney, UFC, Uber, Pepsi-Cola e Apple, ela é um exemplo de representatividade negra e feminina. Obtendo resultados de excelência ano após ano, ela é porta-voz de discursos e iniciativas filantrópicas sobre a importância da inserção de mulheres e pessoas de cor no mercado de trabalho.
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